É chegada hora dos vereadores dividirem com Kerginaldo o fardo pesado que o prefeito carrega

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As horas que antecedem a reunião do prefeito Kerginaldo Pinto com os vereadores da sua bancada governista estão cercada de certo desconforto e de incertezas por parte dos convidados. Diante da crise econômica e política e da popularidade em baixa do governo, os vereadores sabem que chegou a hora de assumir o ônus de sustentar 
politicamente o governo e de entender as atitudes tomadas pelo gestor e ajudar a administração a sair da crise. É o momento de se formar um Pacto por Macau e de se unir pela governabilidade, onde o cardápio posto a mesa deve ser os reais interesses da população, ficando de fora o desconforto pela baixa na folha de pagamento da Prefeitura que não suporta mais tanto apadrinhamento político. O prefeito justifica que teve que fazer a opção pelo povo, quando quebrou uma trégua de quase 10 anos e realizou no ano de 2014 o tão esperado e sonhado concurso público, promessa de campanha. Hoje Kerginaldo sabe o peso político da medida administrativa, muito mais ainda, o seu impacto na folha de pessoal. Portando, ajudar Kerginaldo a atravessar a crise é responsabilidade de todos os dez vereadores, afinal, ele não foi eleito sozinho, nem caiu de para quedas na prefeitura. Chegou a hora dos edis se tornarem sócios nessa empreitada. Kerginaldo poderá até repetir amanhã o que disse a presidente Dilma recentemente aos 27 governadores durante uma reunião: “me ajudem a embalar Mateus, porque não pari sozinho”. Mesmo que alguns pensem o contrário: a crise não é particularidade do prefeito, é do governo, e o governo é de todos que gozam do bônus de ser governista. Existem erros, claro! São muitos. Mas a responsabilidade não é só do executivo, afinal existe um Poder Legislativo que deve está atento e tem por si só a função constitucional de cobrar e de fiscalizar, mas que também não deve se negar a ser parceiro nas horas de dificuldades. É notório e sabido por todos que o município sofreu quedas substanciais de recitas: FPM, ISS, ICMS e royalties este último com desfalque de 7 milhões de reais, até o mês de junho comparado ao mesmo período de 2014.
Por Francisco Gomes

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