MOSSORÓ: Prefeito perdeu chance de enxugar a Máquina ano passado


A Prefeitura de Mossoró caminha para demitir cerca de 2 mil terceirizados no próximo ano. O prefeito Francisco José Júnior (PSD), comprimido pelos números do erário que encolhem, vai tomar uma decisão que poderia ter assumido no primeiro semestre do ano passado. Maquiavel: mal de uma vez (Reprodução) Eleito prefeito efetivo em maio de 2014, após período de interinidade, com escassos compromissos com grupos políticos e aliados, Francisco José Júnior optou apenas por converter a máquina ‘engordada’ de quem lhe antecedeu – Rosalba Ciarlini (DEM), Fafá Rosado (DEM, hoje PMDB) e Cláudia Regina (DEM) – numa engrenagem em benefício próprio. Hoje, paga o preço da imprudência. Assumiu o ‘rebanho’ para si para negociar apoios sobretudo na Câmara Municipal, sem medir as consequências. A saída dessa multidão dificilmente comprometa rá operacionalmente a máquina pública, haja vista ser a maioria ocupante de postos por “QI” (quem indica) e não por critério técnico e necessidade do serviço público. Sorte Politicamente, não. Vai colocar no olho da rua uma infantaria de cabos eleitorais adversários e manterá outra leva de insatisfeitos, que não o perdoará por tantas humilhações. Não pode reclamar da sorte nem ficar culpando queda em arrecadação pela reprovação de sua gestão e governo pífio. Com medo de desgaste, deixou essa bolha se formar e ficar incontrolável. Agora, as demissões vão aliviar o caixa, mas não o deixará menos desgastado. Em “O príncipe”, o cortesão Nicolau Maquiavel já recomendava séculos atrás: - Quando for fazer o bem, faça-o aos poucos; quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só. O prefeito não leu O Príncipe. Autossuficiente, também não ouve a ninguém.

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