MEU PONTO DE VISTA: HENRIQUE ALVES DAS ALEGRIAS DOS PALANQUES AO DESPREZO NA PRISÃO

A solidão, é uma prisão sem grades e sem muros que aprisiona não só o corpo, mas a alma também. Um homem marcado pelas facilidades da vida é envolvido em situações criminosas que o levam ao cárcere. A Justiça se faz e no espaço de oito metros quadrados de uma solitária, em meio a livros inspiradores, o apenado Henrique Alves não consegue encontrar o caminho para acender a luz da própria alma.

"Luz na Solidão" não é apenas uma história de blogueiro, é o depoimento marcante da trajetória transformadora de um líder, que revolucionou a si e ao sistema politico do Rio Grande do Norte, filho de cacique politico como Aluízio Alves IN MEMORIAM. um Homem que foi transferido do palácio das esplanadas para um setor penitenciário, criando ali um centro de práticas para  hoje  fazer companhia a outros presos.

As acusações
Na caneta do magistrado, os dispositivos legais e constitucionais assumem uma interpretação no mínimo controversa. Entretanto, considerando que a prisão cautelar de um ex- Presidente da Câmara dos deputados não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação.

Assim, poderá o ex-Ministro do turismo Henrique Alves apresentar a sua apelação em liberdade.

Discursos
Um Homem que prometia mudar o Rio Grande do Norte nos Tempos bons da história:
HENRIQUE ALVES Em discurso para milhares de pessoas na campanha de 2014, apresentou propostas ao fazer um relato da atual situação administrativa do estado.

“O importante é que o povo sabe a situação quase ingovernável que se encontra o estado. Durante muitos anos, nem Garibaldi, nem Wilma e nem a atual governadora, nenhum deles recebeu o estado com eu vou receber no dia 1º de janeiro.

As finanças fragilizadas, o orçamento comprometido e a capacidade de investir reduzida a 2%. Então, como resolver este estado? Quem promete resolver apenas com o orçamento do estado é para não cumprir.

E governador que ficar sozinho, isolado, choramingando, dizendo que o estado está quebrado, não vai resolver. Vai agravar. Sempre atendi todos os municípios do meu estado e todos os governos. Agora não vou ser mais essa articulação nem esse meio de campo. Serei atacante para marcar a favor do RN assim ele finalisava seus discursos”,

Depoimento
Uso como empréstimo as palavras do escritor Paulo Coelho "Eu sentei e chorei”,
O que há de medo, culpa e preconceito no depoimento de Henrique Alves à Justiça Federal de Brasília nesta segunda-feira, 6, é uma incógnita. Henrique Eduardo Alves sentou e chorou. Quem assistiu à inquirição do ex-presidente da Câmara dos Deputados ao juiz Valnisley de Souza, da 10ª Vara Federal de Brasília, relata perplexidade.

Todo o vigor de quem um dia foi presidente da República em exercício se traduziu em narrativa de tempos que não voltam mais e em sucessivos choros. A impressão das testemunhas é um relato paradoxal:
ora Henrique Eduardo Alves falava como se estivesse em um comício, historiando sua trajetória de luta no PMDB; ora se abatia em choro, que brotava em meio à tentativa de responder às perguntas do juiz.

Defesa:
A audiência girou por certo tempo em torno da conta no Merrill Lycnh, em Nova York, aberta em 2008 e na qual foram encontrados R$ 3 milhões de reais, depois transferidos para os Emirados Árabes e Uruguai. A acusação diz que foi dinheiro do petrolão. Alves contou que abriu em conta durante viagem com sua ex-esposa, Priscila Gimenez. Segundo seu relato, ele foi ao banco na 5ª Avenida sem avisar a ex e abriu a conta, por orientação de Eduardo Cunha, para utilizá-la como destino de recursos de disputa familiar.

Não soube explicar, contudo, como o dinheiro chegou e como atravessou o oceano Atlântico até os Emirados Árabes e o Uruguai. Henrique Eduardo Alves não respondeu às questões do Ministério Público Federal.

Alves ainda admitiu que recebeu dinheiro de Lúcio Funaro na eleição de 2014. “É verdade, ele trouxe [o dinheiro], não tem por que negar. Talvez de empresas que, em forma de doação, davam a minha campanha”, disse ele, sem especificar quais teriam sido as empresas que, em forma de doação, davam a minha campanha”. Ele negou, todavia, que os recursos fossem contrapartida pelo esquema de corrupção no qual é investigado.

Henrique é réu em ação na 10ª Vara Federal em Brasília, acusado de receber US$ 833 mil em 2011 em uma conta em um banco na Suíça. O dinheiro, de acordo com o Ministério Público, foi desviado do fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa. Além de Alves, são réus na mesma ação o corretor de valores Lúcio Funaro, que se tornou delator, e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –que também depôs nesta segunda e negou ter recebido propina.

“Eu aguardei muito este momento para dizer: esta conta, nunca recebi sequer nenhuma referência, nenhuma extrato, nenhuma correspondência, nem a sua senha”, disse Alves ao juiz federal Vallisney Oliveira. “Foi aí [após as investigações] que descobrimos um depósito em um ano, em outro ano.

Completamente à minha revelia”, afirmou. O ex-ministro chorou quando falou de sua família, especialmente de seu pai, e disse que era o único deputado na Câmara eleito pelo Rio Grande do Norte, um Estado pequeno e pouco representado. O juiz pediu que Alves se acalmasse e bebesse água. “Desculpa, é a emoção”, respondeu.

Em manifestação no processo, a defesa de Alves já havia confirmado que ele abriu a conta no exterior, mas desistiu de movimentá-la devido a questões burocráticas. O ex-ministro não disse quem teria movimentado a conta em seu lugar. Em seguida, Alves foi indagado pelo procurador da República Anselmo Lopes, sobre suas relações com Cunha e Funaro, mas não quis responder às perguntas e ficou em silêncio.

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